JOÃO NAVES DE OLIVEIRA - Agência Estado
As escolas de Campo Grande (MS) conseguiram reduzir em 60% a violência, em apenas um ano, com aplicação de medidas consideradas polêmicas pelos alunos, mas aprovadas pelos pais. O dado é do promotor da Infância e Adolescência Sérgio Fernando Harfouche.
Para punir os estudantes indisciplinados, escolas das redes pública e particular fazem os alunos lavar banheiros, pratos e talheres, distribuir merenda e limpar o local onde estudam.
As atividades foram introduzidas em 52 estabelecimentos do ensino fundamental, que reúnem um total de 8 mil dirigentes e professores. As práticas, que entraram em vigor em maio do ano passado, são apontadas como responsáveis pela redução da violência escolar.
Harfouche é autor do método que pune os indisciplinados com tarefas obrigatórias dentro da escola. Ele reconhece que a medida não é simpática, mas afirma que ela tem dado "ótimos resultados". "Crianças não são bandidos, são indisciplinadas."
Segundo Harfouche, entre os principais problemas registrados com crianças e adolescentes de 11 a 14 anos estão desacato e agressão ao professor, ameaças e brigas. E há até casos de tentativa de homicídio. "Eles acabam cometendo uma série de infrações, contrariando o Artigo 129 do Código Penal. Se fossem adultos seriam condenados e presos", diz Harfouche.
Mas, como não são, afirma o promotor, a pena máxima é "ficar com o nome sujo na polícia, impune e passar pelas unidades de internação educacional do governo". "Nas escolas, no lugar de uma ocorrência policial contra o menor, nós damos trabalho."
No ano passado, S.P.G., de 12 anos, foi armado com uma faca caseira, do tipo peixeira, para a escola. "Eu queria matar um colega da minha classe, mas fui denunciado e me levaram para o juizado", conta o garoto. A mãe, A.A.P.G., de 38 anos, confirma a história, acrescentando que o filho "era terrível".
"Em três meses de atividades obrigatórias na escola, ele virou outra coisa - e coisa boa", comemora a mãe. E o garoto completa: "Eu trabalhei direitinho. Paguei muito mico na frente dos meus amigos. Era só gozação", admite.
O promotor da Infância e da Adolescência afirma que S.P.G. não foi o único a deixar a internação do juizado de menores. "Já conseguimos reunir o nome, endereço e todos os dados disponíveis de 178 menores que saíram desses locais no ano passado e estão estudando normalmente, principalmente em escolas da rede pública", conta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo
4 comentários:
temos q ir em frente
temos q ajudar
temos q mudar
Tenque ser assim, se não for através do trabalho, eles nunca irão aprender o valor das coisas e irão continuar na malandragem.
Isso deveria ser feito tmb nos presídios, colocaram eles pra construir casas, ai irão entrar na linha! O mesmo feito nos EUA e se não tomar jeito, Prisão perpétua ou algo pior.
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Nao consegui te seguir mais adorei o seu blog...as vezes as pessoas não têm noção de quantas mudanças são precisas e o qto é dificil mudar algumas coisas por inumeros motivos!
Se puder passa no meu blog e me segue
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Bjs e parabens pela iniciativa
Achei uma medida bastante eficiente, gostei da determinação da escola. Mas, é uma medida imediata, que evita a violêncio DENTRO da escola, por punição. Acho deveriam aplicar junto da punição um auxilio psicológico, desenvolvidos por gente CAPACITADA, e não apenas mais um repressor contratado.
Infelizmente, reprimir o mal nunca foi a solução, muito pelo ao contrário, sempre explode. As instituições publicas deviam investir mais na saúde mental dos jovens do que na babaquisse das decorebas chamada de 'educação', cujas as quais, a maioria esquece assim que sai da aula...
Desculpe a generalização, mas eu já fui aluna de ensino fundamental e médio, é muito desanimante esse método de ensino descartável que dão nas escolas... :\
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